Pouco depois de as primeiras projeções darem a vitória a Emmanuel Macron, a candidata da extrema-direita Marine Le Pen felicitou o centrista e considerou que a votação foi "histórica" para os "patriotas".
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Com 65,1 a 65,5%, o líder do movimento independente Em Marcha! foi eleito presidente da República, derrotando a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, que não chega aos 35%, segundo as projeções dos dois maiores institutos de sondagens franceses.
A candidata da Frente Nacional discursou perante os seus apoiantes, em Paris, escassos minutos após terem sido conhecidas as primeiras projeções, para reconhecer a derrota. "Os franceses escolheram um novo presidente e optaram pela continuidade", declarou, indicando que já tinha telefonado a Emmanuel Macron para o felicitar.
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A candidata da extrema-direita propôs uma "transformação" do seu partido para "constituir uma nova força política" e saudou o "resultado histórico e maciço" do seu partido.
A Frente Nacional, sublinhou, é "a primeira força da oposição". Le Pen prometeu liderar o combate nas eleições legislativas francesas, marcadas para 11 e 18 de junho, e pretende recolher o apoio de "todos aqueles que querem optar pela preferência francesa".
Depois da primeira volta das presidenciais, realizada há duas semanas, a Frente Nacional fechou uma aliança com o soberanista Nicolas Dupont-Aignan, a primeira deste partido.
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Na sua declaração, a líder da Frente Nacional agradeceu o apoio dos "11 milhões de eleitores patriotas" que votaram na sua candidatura e argumentou que estas presidenciais mostraram "uma decomposição da vida política francesa", marcadas pelo "desaparecimento dos partidos tradicionais", numa alusão aos socialistas e ao centro-direita, aglutinado nos republicanos.
Para Marine Le Pen, aqueles que apoiaram Macron entre as duas voltas "desacreditaram-se sozinhos", pelo que, defendeu, só um novo movimento pode enfrentar o novo chefe de Estado francês.
Nas legislativas, a candidata assegurou que voltará a colocar o dilema entre "mundialistas e patriotas" e mostrou-se "preocupada" com as perspetivas que se abrem com o mandato do novo Presidente.
Em 2012, Marine Le Pen ficou em terceiro lugar na primeira volta das eleições presidenciais, com uma votação de 17,9%, conquistando 6,4 milhões de votos.