A Guarda Civil espanhola informou, este sábado, que prendeu, em Zamora e Valência, duas pessoas que faziam parte "da maior organização jihadista conhecida em Espanha", por recrutarem jovens e menores de idade. Os detidos foram levados a tribunal no dia 4 de agosto, quando foi decretada a prisão preventiva.
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Os detidos, ambos de nacionalidade espanhola, "atuavam de forma concertada e coordenada para a captura e doutrinação de outros utilizadores das redes sociais" sob os princípios do terrorismo jihadista, informa o comunicado da Guarda Civil.
De acordo com as autoridades espanholas, os dois detidos "elaboraram e divulgaram conteúdos terroristas que lhes permitiram identificar e selecionar os utilizadores mais propensos à radicalização". O passo seguinte passava por integrá-los num grupo privado, administrado por ambos, no qual a Guarda Civil identificou dezenas de participantes espalhados em mais de dez províncias do país.
O público alvo da organização era maioritariamente constituído por jovens e menores de 18 anos, o que, segundo as autoridades espanholas, indica "uma clara vontade de atingir um público especialmente vulnerável a processos de radicalização, utilizando uma estratégia para o efeito no uso combinado das principais redes sociais usadas nessa faixa etária".
As dezenas de utilizadores que integravam o grupo online recebiam todo o tipo de "conteúdos audiovisuais, mensagens e slogans de modo a atrair e radicalizar novos adeptos à causa terrorista".
Os suspeitos foram presentes a tribunal esta sexta-feira e ficaram em prisão preventiva.
A operação da Guarda Civil, em curso desde 2022, contou com a colaboração da Direção-Geral da Agência de Segurança de Vigilância Territorial de Marrocos (DGST, sigla em inglês), destacando "a importância da cooperação internacional entre os serviços antiterroristas para que se possa fazer face a esta ameaça" em todo o Mundo.