A Polícia de Manica, centro de Moçambique, ainda está sem pistas dos homens que sequestraram um menina de nove anos, cujo resgate custou 200 mil meticais (cinco mil euros), disse fonte da corporação.
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"A Polícia continua a trabalhar para esclarecer o sequestro da criança", precisou Belmiro Mutadiua, porta-voz do Comando da Polícia de Manica, adiantando que o pai da vítima só fez queixa à esquadra um dia depois de pagar o resgate.
Uma menina de nove anos foi sequestrada quarta-feira nos arredores de Chimoio, a capital de Manica, tendo o seu resgate, de 200 mil meticais, sido através por empréstimos e contribuições de amigos e familiares.
Contudo, disse Belmiro Mutadiua, várias pessoas estão a ser investigadas, incluindo um empregado da família que serviu de intermediário com os raptores para o resgate.
Em declarações à Lusa, Armando Andrade, pai da vítima, disse que os sequestradores, que mantiveram a criança num cativeiro durante cinco horas, ameaçaram assassinar a vítima caso a polícia fosse envolvida.
"Tive que me endividar para pagar o resgate que negociei para a metade, pois ameaçavam matar a criança se o resgate não fosse pago na data. A pedido deles, a mediação para o resgate devia ser feito por um meu antigo empregado", disse Armando Andrade.
As cidades de Maputo e Matola (sul), Beira (centro) e Nampula (norte) têm sido abaladas nos últimos anos por vários casos de sequestro, envolvendo sobretudo famílias de nacionais e estrangeiros com posses, com pedidos milionários para resgate.