A criança britânica que está em coma desde 7 de abril na sequência de um trágico desafio online, e cujo caso está a receber atenção internacional, vai continuar ligada ao suporte de vida, depois de a família ter apresentado, esta quinta-feira, um requerimento para uma unidade de cuidados paliativos.
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Os pais de Archie Battersbee, 12 anos, tinham até às 9 horas de hoje para apresentar uma proposta ao Supremo Tribunal do Reino Unido para transferirem o filho para uma unidade de cuidados paliativos, depois de o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, ao qual recorreram, ter recusado intervir no caso e negado o apelo para impedir que as máquinas de suporte de vida fossem desligadas. Sem encontrarem uma clínica de cuidados paliativos que acolhesse a criança, o sistema seria desligado às 11 horas.
De acordo com a Sky News, Hollie Dance e Paul Battersbee fizeram hoje um último apelo ao tribunal para que o menino - em coma profundo e morte cerebral há três meses - tenha "uma morte digna", pedindo, num requerimento, que o filho fosse transferido do hospital para uma clínica onde possa "passar os últimos momentos" com os seus familiares com mais privacidade e conforto, retardando assim o trágico desfecho.
Archie Battersbee é a mais recente vítima conhecida de desafios online que são potenciais tragédias mascaradas de brincadeiras. Retire-se aqui o potenciais: o rapaz fez o que o jogo mandou - apertar o pescoço até ficar sem ar - e a falta de oxigénio deixou Archie com danos cerebrais irreversíveis.