O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, de extrema-direita, defendeu que Itália não pode ser o "campo de refugiados" da Europa, considerando ser de "bom senso" e não uma posição de força limitar a chegada de migrantes.
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"A Itália e a Sicília não podem ser o campo de refugiados da Europa", insistiu o líder da Liga, de extrema direita, partido que, juntamente com o Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema), apoiam o Governo liderado por Giuseppe Conte.
"Os bons tempos para os clandestinos chegaram ao fim: preparem-se para fazer as malas", avisou Matteo Salvini, considerando que o novo Governo de Itália "não tem uma posição de força" contra a imigração, "mas sim de bom senso".
O novo ministro de extrema-direita falava em frente ao centro de receção de migrantes de Pozzallo, um porto na ponta sul da Sicília.
Pozzallo está na linha da frente do apoio a migrantes: é principalmente neste porto e nos do leste da Sicília (Augusta, Catania, Messina) que os navios militares e humanitários com migrantes resgatados ao largo da costa da Líbia chegam.
Os ministros da Administração Interna da União Europeia devem discutir, numa reunião que decorre na terça-feira no Luxemburgo, a revisão da regra que exige que os migrantes chegados a Itália sejam registados no país e não possam solicitar asilo em outros países europeus.
Matteo Salvini não estará na reunião, estando prevista a aprovação da moção de confiança ao Governo italiano, mas também já anunciou que se vai opor à reforma em curso, que considera "condenar" os países do Mediterrâneo.