Mueller enviou relatório de investigação sobre Rússia e Trump ao procurador geral
O procurador especial Robert Mueller enviou esta sexta-feira o relatório confidencial com as conclusões da investigação da interferência russa nas presidenciais de 2016, em que Trump foi eleito.
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Mueller entregou o relatório que era muito aguardado sobre a sua investigação ao papel da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 e qualquer potencial delito cometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O documento foi enviado esta sexta-feira ao Procurador Geral da Justiça, William Barr, o principal oficial da lei dos EUA. Segundo a agência de notícias Reuters, o relatório não foi imediatamente tornado público - Barr terá que decidir quando será divulgado - e não se sabe se Mueller encontrou conduta criminosa por parte de Trump ou da sua campanha, além das acusações já apresentadas contra vários assessores.
Mueller, ex-diretor do FBI, vinha examinando desde 2017 se a campanha de Trump conspirou com Moscovo para tentar influenciar a eleição e se o presidente republicano depois tentou ilicitamente obstruir a sua investigação. Trump negou. A Rússia também negou a interferência eleitoral.
Segundo o jornal "Washington Post", o documento é confidencial, sendo que o Congresso foi notificado da sua existência, mas não foi enviada qualquer informação sobre o conteúdo.
Em carta, William Barr informa a comissão para Assuntos Judiciais do Congresso que Mueller "concluiu a sua investigação à interferência russa na eleição de 2016 e matérias relacionadas". O procurador-geral acrescenta que irá agora "analisar o relatório" antecipando que estará "em condições de aconselhar [o Congresso] durante o fim de semana".
Barr afirma ainda que se irá reunir com o seu adjunto, Rod Rosenstein e com o próprio Mueller "para determinar que informação do relatório pode ser divulgada ao Congresso e ao público".