Falando à Organização do Tratado do Atlântico Norte, um mês depois desde o início da guerra na Ucrânia, Zelensky voltou a pedir apoio militar e instou a aliança a "salvar pessoas".
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Num discurso em vídeo pré-gravado, na cimeira da NATO, que decorre esta quinta-feira em Bruxelas, o presidente ucraniano voltou a renovar os apelos aos líderes para aumentarem o apoio à Ucrânia contra as forças russas, alertando que Moscovo "quer ir mais longe", atacando os membros orientais da aliança militar transatlântica, incluindo a Polónia. "A NATO ainda precisa de mostrar o que é que pode fazer para salvar pessoas", instou Volodymyr Zelensky.
"Para salvar as pessoas e as nossas cidades, a Ucrânia precisa de assistência militar sem restrições. Da mesma forma que a Rússia está a usar todo o seu arsenal sem restrições contra nós", disse o líder ucraniano, agradecendo aos membros da NATO pelo equipamento defensivo fornecido à Ucrânia até agora, mas pedindo armas ofensivas. "A NATO pode dar-nos 1% de todos os seus aviões, 1% dos seus tanques. Um por cento", apelou Zelensky, acusando a Rússia de utilizar armas de fósforo nos ataques à Ucrânia - tipo de substância cujo uso é limitado por uma convenção internacional da qual Moscovo é signatária.
"Esta manhã, a propósito, foram usadas bombas de fósforo. Bombas de fósforo russas. Adultos foram mortos novamente e crianças foram mortas novamente. A Aliança pode, uma vez mais, impedir a morte de ucranianos causada pelos ataques russos, pela ocupação russa, dando-nos todas as armas de que necessitamos", insistiu o líder ucraniano, lembrando que a Ucrânia não tem armas antimísseis e tem uma frota de aeronaves muito menor do que a Rússia, em "vantagem" no que diz respeito ao "uso de armas de destruição em massa", capazes de destruir "todos os seres vivos" e "quaisquer estruturas, desde casas a igrejas, de armazéns de alimentos a universidades, de pontes a hospitais".
"Vocês têm pelo menos 20 mil tanques! A Ucrânia pediu que um por cento, um por cento de todos os seus tanque nos fossem doados ou vendidos. Mas ainda não temos uma resposta clara. A pior coisa durante a guerra é não ter respostas claras aos pedidos de ajuda", repetiu.