NATO condena "inequivocamente" atentado do Estado Islâmico, "inimigo comum" para Casa Branca
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenou "inequivocamente" o ataque de sexta-feira nos arredores de Moscovo, na Rússia, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), entidade qualificada também hoje pela Casa Branca um "inimigo terrorista comum".
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"Condenamos inequivocamente os ataques contra o público de um concerto em Moscovo", afirmou uma porta-voz da NATO, Farah Dakhlallah, numa publicação na rede social X (antigo Twitter). "Nada pode justificar um crime atroz destes. As nossas sinceras condolências às vítimas e suas famílias", acrescentou o porta-voz da NATO.
Também hoje, a Casa Branca qualificou o EI de "inimigo terrorista comum". "O EI é um inimigo terrorista comum que deve ser vencido por toda a parte", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em comunicado.
A presidência norte-americana "condena energicamente o odioso ataque terrorista a Moscovo", que atingiu "civis inocentes", acrescentou.
Pelo menos 133 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas no ataque de sexta-feira a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo, na Rússia, que foi reivindicado pelo EI.
O EI afirmou que o ataque se insere no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de onze indivíduos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o ataque.
O presidente russo, Vladimir Putin, condenou hoje o que denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento", e apelou à vingança.
Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos EUA disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.
Diversos líderes mundiais têm condenado o atentado e manifestado solidariedade com as vítimas e famílias.