A nave espacial chinesa Chang'e-5 pousou na Lua esta terça-feira à tarde. A próxima etapa da missão, já em solo, é recolher cerca de dois quilos de solo lunar.
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A nave pousou perto do monte de Mons Rümker, uma montanha na região da Lua Oceanus Procellarum (Oceano de Tempestades) após as 23 horas de Pequim, 15 horas em Portugal continental, noticia o jornal chinês, "South China Morning Post".
A Chang'e-5 foi lançada a 23 de novembro numa missão não tripulada cujo objetivo é recolher dois quilos de amostras de material lunar para aprender mais sobre as origens do satélite natural da Terra.
O local de pouso do módulo de descida - Oceano de Tempestades - foi escolhido pela idade geológica daquela área que terá cerca de 3,7 bilhões de anos, o que poderá ajudar os cientistas a obter mais informação sobre a formação e evolução da lua, explica o jornal chinês.
A latitude do ponto de recolha de amostras também foi baseada em fatores como a intensidade da luz solar e a temperatura. A localização ajudará a reduzir o consumo de combustível para que o ascensor traga as amostras de volta à parte da nave que fica em órbita.
Quando concluir a recolha, voltará a descolar para um encontro com o módulo orbital e a cápsula de retorno. Depois disso, o conjunto rumará de novo a Terra.
A recolha deverá começar nos próximos dois dias. A sonda tem vários instrumentos para facilitar a recolha, incluindo uma câmara, um espetrómetro, um radar, uma colher e um berbequim.
Se a missão for concluída com sucesso, a China será a terceira nação a recuperar amostras lunares, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética que, há 44 anos, conseguiu recolher perto de 200 gramas de rocha.