Um naufrágio ao largo da Zambézia, centro de Moçambique, fez, pelo menos, 20 mortos na quarta-feira, quase duas semanas depois de outro afundamento ter causado a morte de 21 pessoas na região.
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Pedro Câmara, administrador do distrito de Chinde, disse que um trabalho preliminar das equipas de resgate do naufrágio, ocorrido em Muendene na quarta-feira, e presumivelmente provocado por "superlotação da embarcação e mau tempo na zona", permitiu a recuperação de 20 corpos.
"Já foram recuperados 20 corpos até hoje, mas ainda está em curso o trabalho de resgate. Os corpos encontrados em estado de decomposição são enterrados localmente, mas há outros que são enviados para Quelimane, de onde a embarcação partiu na quarta-feira com 40 pessoas a bordo", declarou à Lusa Pedro Câmara.
A embarcação, disse, terá transportado ainda mais passageiros ao longo das paragens intermédias, depois de zarpar de Quelimane, o que está a "dificultar as autoridades governamentais na identificação do número exato das pessoas que estavam a bordo".
A 11 de junho, um outro naufrágio fez 21 mortos, além de 15 desaparecidos na Zambézia, o que forçou o Governo provincial a interditar na semana passada o tráfego fluvial na rota Muari-Dea, para inspeção das embarcações de transporte de passageiros.
A inspeção das embarcações, segundo fonte do Governo, foi dirigida aos cascos e pinturas e a equipamentos de segurança a bordo, como coletes salva-vidas e extintores.
Pedro Câmara disse que a equipa provincial de resgate, que inclui a Administração Marítima, o corpo de Salvação Pública (bombeiros) e a Polícia, foi reforçada na quinta-feira.