O presidente norte-americano Barack Obama disse, esta quinta-feira, que os Estados Unidos cancelaram os exercícios militares conjuntos com o Egito, como forma de protesto contra a morte de centenas de manifestantes.
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Da pequena ilha de Martha's Vineyard, ao largo de Cape Cod (estado de Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos), onde passa férias, o presidente advertiu o Egito de ter entrado num "caminho mais perigoso", mas esclareceu que não chegou a suspender a ajuda militar anual.
Nos editoriais desta quinta-feira, o "The New York Times" e o "Washington Post" atacaram a gestão da crise com o Egito e apelaram ao presidente para que cortasse a ajuda militar.
Denunciando a repressão no Egito, que desde quarta-feira causou a morte de pelo menos 525 pessoas, Barack Obama salientou os antigos laços entre Washington e Cairo, mas advertiu que foram os egípcios que determinaram o seu próprio futuro.
O presidente Barack Obama disse que Washington "não toma partido" por qualquer das partes do conflito. "Essa é uma tarefa para o povo egípcio".
O presidente dos EUA também disse que o seu país não está do lado de nenhuma força política egípcia e defendeu o cancelamento do estado de emergência decretado pelo governo egípcio e o arranque do processo de reconciliação nacional.
"Enquanto queremos manter a nossa relação com o Egito, a nossa cooperação tradicional não pode continuar como de costume quando os civis estão sendo mortos nas ruas e os direitos estão sendo desrespeitados", disse o presidente aos jornalistas, da sua casa de férias.