As Nações Unidas pediram esta sexta-feira a israelitas e palestinianos que evitem uma escalada de violência na faixa de Gaza, lembrando-lhes a obrigação de proteger vidas civis.
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"A Alta Comissária [para os Direitos Humanos], Navi Pillay, está consideravelmente alarmada com a morte de civis, incluindo três israelitas (...) e numerosas crianças palestinianas", disse o porta-voz, Rupert Colville, em conferência de imprensa.
Pillay junta-se ao apelo feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para que "ambas as partes tomem as medidas necessárias para evitar uma escalada da violência", acrescentou.
A Alta Comissária manifestou-se "extremamente preocupada" com o impacto na população civil do lançamento de "rockets" a partir da faixa de Gaza contra localidades israelitas e com os ataques das forças militares israelitas contra localidades palestinianas.
Colville sublinhou que a proteção de civis é algo "a que estão obrigadas tanto as forças estatais como os atores não estatais" em cumprimento do direito humanitário internacional.
O apelo das Nações Unidas surge numa altura em que se agudiza o conflito israelo-palestiniano na faixa de Gaza e no dia em que o primeiro-ministro egípcio, Hicham Qandil, visita a região.
Uma operação israelita foi desencadeada na quarta-feira com um ataque aéreo, que matou o chefe das operações militares do Hamas, Ahmad Jaabari, de acordo com fontes médicas
A decisão de iniciar esta operação foi tomada pelas autoridades israelitas, depois de mais de 200 projéteis terem sido disparados nos últimos dias contra Israel pelos palestinianos.
Israel aceitou uma trégua durante a visita esta sexta-feira a Gaza do primeiro-ministro egípcio, Hicham Qandil, mas retomou os ataques depois de ter acusado o Hamas de violação do cessar-fogo.
As hostilidades entre Israel e grupos palestinianos que causaram 23 mortos, 20 palestinianos e três israelitas em três dias.