As operações militares norte-americanas no Qatar, onde se situa a maior base dos Estados Unidos no Médio Oriente, não foram afetadas pela crise que envolve o país, isolado pelos vizinhos do Golfo e criticado pelo Presidente Donald Trump.
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"Ao nível das operações militares, não houve impacto", declarou o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, em conferência de imprensa.
O Qatar representa um papel central no dispositivo militar norte-americano na região, com perto de 10.000 soldados estacionados no país.
A maior parte destas tropas é pessoal da Força Aérea dos Estados Unidos, instalado na base aérea de Al-Udeid, que comanda todas as operações aéreas norte-americanas no Médio Oriente e, nomeadamente, as operações aéreas da coligação contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
No plano operacional, é uma importante plataforma para os aviões reabastecedores KC-135, os bombardeiros pesados, os aviões de transporte e os aviões de reconhecimento e de vigilância que operam na região.
Na segunda-feira, a Arábia Saudita, o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos, o Egito, o Iémen e as Maldivas anunciaram o corte de relações diplomáticas com o Qatar, acusado de "apoiar o terrorismo", uma decisão que teve o efeito de um sismo na região.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou hoje o Qatar, aliado dos Estados Unidos, de financiar os extremistas, parecendo tomar partido pela Arábia Saudita e países amigos que cortaram laços com aquele rico emirado produtor de gás do Golfo Pérsico.
"Esperamos uma resolução rápida" da crise e "não temos qualquer intenção de alterar as nossas operações, quer seja no Qatar" quer noutros países do Golfo, disse o porta-voz do Pentágono.