Um ataque a uma discoteca em Istambul, Turquia, provocou, na passagem de ano, pelo menos 39 mortos e 65 feridos. Alguns sobreviventes do massacre contaram o que sentiram.
Corpo do artigo
"Vínhamos aqui passar um bom bocado, mas isto transformou-se numa noite de terror", contou à agência de notícias AFP Ilamado Maximilien, um turista italiano que estava na discoteca "Reina" a festejar a mudança do ano, quando pelo menos um homem começou a disparar indiscriminadamente.
5580998
O turco Mehmet Dag, de 22 anos, passou pela discoteca no momento do tiroteio. Segundo o jornal britânico "The Guardian", Dag garantiu ter visto um homem a disparar contra um agente da polícia. "Depois de ter entrado, não sei o que se passou. Ouvi disparos e, dois minutos depois, uma explosão."
O futebolista turco Sefa Boydas, uma das 500 pessoas que estava dentro da discoteca, contou à agência de notícias AFP que alguns membros da organização da festa desmaiaram depois de ouvirem os disparos e que as pessoas estavam a pisar-se umas às outras, para fugirem da discoteca.
"Dizem que morreram 35 ou 40 pessoas, mas provavelmente são mais porque estávamos a passar uns por cima dos outros", explicou o jogador do Beylerbeyi, contando que estava muito pó e fumo no local.
815509430414364673
"Estávamos a divertir-nos e, de repente, muita gente começou a correr. O meu marido disse-me para não ter medo e saltou sobre mim. As pessoas pisaram-me. O meu marido ficou ferido em três partes do corpo", contou Sinem Uyanik à imprensa turca, a quem contou ter visto "muita gente ensanguentada".
As autoridades continuam à procura do atacante e já têm algumas pistas, disse o primeiro-ministro turco. "Alguns dados começam a aparecer, mas as autoridades estão a trabalhar para alcançar um resultado concreto", declarou Binali Yildirim, em conferência de imprensa.