A China lançou, a 24 de julho, o segundo de três módulos da estação espacial que tem em construção no espaço. "Um sucesso", diz Pequim, e um passo crucial para a sua conclusão.
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A agência AFP conta que a nave espacial Wentian, que pesa cerca de 20 toneladas e não tem astronautas a bordo, foi impulsionada por um foguete Long March 5B a partir do centro de lançamento Wenchang, na ilha de Hainan.
Este módulo de laboratório, que tem quase 18 metros de comprimento e 4,2 metros de diâmetro, será atracado com Tianhe, o primeiro módulo da estação, que está em órbita desde abril de 2021. A operação de acoplagem é um desafio para a tripulação, uma vez que requer manipulações sucessivas e de alta precisão, com um braço robótico.
"É a primeira vez que a China tem de atracar veículos tão grandes em conjunto" e "é uma operação delicada", disse à AFP Jonathan McDowell, astrónomo do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics.
A operação terá de ser repetida com a chegada de um novo módulo de laboratório mais tarde, em 2022. Chamada Tiangong (Palácio Celestial), mas também conhecida pela sua sigla CSS (Chinese Space Station), a estação espacial chinesa deverá estar totalmente operacional até ao final do ano. Terá uma vida útil calculada entre 10 e 15 anos.
A China foi pressionada a construir a sua própria estação porque os EUA lhe recusaram a participação na EEI. A China enviou o primeiro astronauta para o espaço em 2003. Em 2019, aterrou uma nave espacial no outro lado da Lua, uma estreia mundial. Em 2021, a China aterrou um pequeno robô em Marte e planeia enviar humanos para a Lua até 2030.