A comissão de inquérito palestiniana à morte de Yasser Arafat identificou o autor do "assassinato" do antigo presidente da Autoridade Palestiniana.
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A informação foi avançada à agência AFP pelo chefe da comissão de inquérito palestiniana, Tawfiq Tirawi, responsabilizando mais uma vez Israel.
Esta declaração ocorre na véspera das comemorações do 11.º aniversário da morte do emblemático dirigente palestiniano.
"A comissão de inquérito conseguiu identificar o assassino do defunto presidente Yasser Arafat", afirmou Tawfiq Tirawi, recusando-se a divulgar mais informações sobre o suspeito ou o desenvolvimento do inquérito.
"Vai ser preciso mais tempo para esclarecer as condições exatas do crime", acrescentou, assegurando, porém, que "Israel é responsável pelo assassinato", que os palestinianos investigam desde 2009.
A esposa de Arafat, Soha, apresentou queixa contra desconhecidos, depois da descoberta de polonium 210, uma substância radioativa muito tóxica, nos pertences pessoais do seu marido.
Em novembro de 2012, o túmulo do ex-chefe palestiniano tinha sido aberto e cerca de 60 amostras retiradas do seu cadáver e depois divididos para análise por três equipas de técnicos suíços, franceses e russos.
Os analistas mandatados pelos juízes franceses afastaram por duas vezes a tese do envenenamento. Os peritos russos concluíram por uma "morte natural". Mas, ao contrário, os suíços solicitados pela viúva consideraram, pela sua parte, que os resultados "apoiam razoavelmente a hipótese do envenenamento" com polonium.
