O Partidos dos Trabalhadores, da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e do antigo chefe de Estado Lula da Silva, negou, na segunda-feira, participação em redes de corrupção.
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O partido divulgou um comunicado depois de uma das testemunhas que colabora com a justiça brasileira nas investigações por corrupção na Petrobras acusar o partido de receber subornos.
O comunicado foi divulgado algumas horas depois de a polícia deter o antigo ministro José Dirceu, homem forte de Lula da Silva durante o seu primeiro mandato.
"O Partido dos Trabalhadores (PT) recusa as acusações de que terá realizado operações financeiras ilegais ou participado em qualquer rede de corrupção", refere, em comunicado, assinado pelo atual presidente do partido, Rui Facão, que durante todo o dia evitou contacto com a imprensa.
Na nota, o partido explica também que todos os donativos que recebeu para as campanhas eleitorais foram feitos "dentro da legalidade através de transferências bancárias e foram declarados à justiça eleitoral".
A Polícia Federal (PF) brasileira deteve, na segunda-feira, o ex-ministro José Dirceu, já condenado por corrupção em 2005, por alegadamente estar envolvido nas irregularidades da Petrobras.
Dirceu foi condenado a 10 anos e onze meses de prisão devido ao escândalo do "mensalão" (pagamento a parlamentares para votarem em projetos de lei do Governo) no primeiro mandato de Lula da Silva e, agora, segundo a polícia, foi detido por suspeita de ter retirado benefício dos desvios de dinheiro na empresa petrolífera estatal brasileira.
A detenção foi efetuada no âmbito das investigações da "operação Lava Jato".
A polícia ainda não clarificou as suspeitas que recaem sobre Dirceu no caso Petrobras, que já atingiu dezenas de importantes empresários e meia centena de políticos, na sua grande maioria da base aliada do governo de Dilma Rousseff.