Pelo menos 30 prisioneiros morreram esta segunda-feira num ataque aos veículos em que estavam a ser transportados, na província de Babel, 110 quilómetros a sul de Bagdad, onde também morreram dois polícias e cinco dos atacantes.
Corpo do artigo
Uma fonte das forças de segurança locais informou a agência espanhola EFE que os detidos eram originários das instalações de Qauat al Akrab, em Babel, destinadas a detidos por terrorismo.
O ataque teve lugar no sul de Hila, capital de Babel, quando os prisioneiros eram transportados da cadeia de Qauat al Akrab para a de Al-Qasem.
As forças de segurança iniciaram uma série de operações para capturar atacantes, cuja identidade é para já desconhecida.
As causas do sucedido também ainda não são claras, mas calcula-se que possa ter sido uma tentativa falhada dos rebeldes sunitas libertarem os prisioneiros.
Na última semana, os rebeldes denunciaram que a polícia executou detidos por supostos delitos terroristas, com receios de que se fossem libertados tomariam o controlo de esquadras e prisões.
A lei antiterrorista, aprovada em 2005, é muito criticada pelos sunitas, que consideram que é aplicada contra eles, em especial no artigo quarto, que estipula penas de morte e prisão perpétua para os implicados em delitos terroristas.
Este episódio coincide com a chegada a Bagdad do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que efetua uma visita surpresa para analisar com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, e com outros responsáveis, o conflito no Iraque.
Kerry iniciou no domingo um roteiro pelo Médio Oriente e pela Europa para abordar principalmente a situação do Iraque, cenário de uma ofensiva de rebeldes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) contra o Governo de Al-Maliki.
Bagdad pediu aos Estados Unidos que lance ataques aéreos contra os rebeldes, mas até ao momento Washington limitou-se a mobilizar 300 assessores militares, insistindo que esta situação não supõe o relançamento de operações de combate no Iraque e que a solução para o problema não passa por uma via exclusivamente militar.
Os rebeldes sunitas dominam amplas zonas do norte e oeste do Iraque, e já tomaram controlo de vários postos fronteiriços com a Síria e Jordânia.