Autoridades e médicos iraquianos indicaram, este domingo, que ativistas islâmicos radicais mataram 21 dirigentes das cidades de Rawa e Ana, no oeste do Iraque, durante dois dias de violência, após a retirada "estratégica" das forças de segurança.
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Alguns deles foram mortos a tiro no sábado, quando os ativistas entraram nas cidades, ao passo que outros foram hoje chacinados.
Os assassínios ocorreram depois de as forças de segurança iraquianas terem abandonado as duas cidades, deixando o caminho livre para a ocupação pelos rebeldes.
"A retirada das unidades militares [de Rawa, Ana e Al-Qaim] foi efetuada com o objetivo de reposicionamento", explicou o tenente-general Qassem Atta, referindo-se-lhe como uma jogada "estratégica".
Testemunhas indicaram que os rebeldes tomaram Rawa e Ana, na província de Anbar, no sábado à noite, depois de forças de segurança e testemunhas terem também relatado que ativistas haviam entrado em Al-Qaim, uma cidade próxima da fronteira síria, horas antes.
Desde o início de janeiro, os combatentes antigovernamentais tomaram todas as cidades da província de Anbar e áreas de uma segunda província.
Tendo começado a 09 de junho, os rebeldes, liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, mas incluindo também alguns outros grupos, como os leais ao ditador executado Saddam Hussein, tomaram o controlo da maior parte de uma província e de partes de outras três, a norte de Bagdad.
As forças de segurança debandaram perante a investida inicial, em muitos casos abandonando veículos, equipamento e até as suas fardas.
Pareciam ter recuperado nos últimos dias, com as autoridades a anunciar progressos em relação aos rebeldes, embora estes tenham feito avanços territoriais noutros pontos do país.