Pelo menos 53 mortos em ataque da aviação contra bastião do Estado Islâmico na Síria
Pelo menos 53 pessoas, na maioria civis, foram mortas em raides aéreos da aviação síria na província de Raga, leste do país, controlada pelos "jihadistas" do Estado Islâmico.
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"Foram mortos 31 civis, incluindo cinco mulheres e três crianças, em Raga e arredores", indicou Rami Abdel Rahmane, diretor do Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH), citado pela AFP.
Os oito ataques aéreos da força aérea de Damasco também provocaram a morte de 15 "jihadistas" e a sete pessoas não identificadas, acrescentou.
Segundo o responsável da OSDH, oito das vítimas civis pertenciam à mesma família.
Os raides foram designadamente dirigidos contra um edifício onde funcionava um tribunal islâmico e um campo de treino militar. No entanto, e segundo a ONG, um dos ataques atingiu uma padaria e provocou 24 mortos.
O regime do Presidente Bachar al-Assad conduz desde há algumas semanas raides sistemáticos contra localidades no norte e leste do Iraque sob controlo "jihadista". Segundo os militantes, estes ataques aéreos estão a provocar numerosas vítimas civis.
Acusado de limpeza étnica e crimes contra a humanidade, o grupo extremista sunita, envolvido desde 2013 na guerra na vizinha Síria, desencadeou em 9 de junho uma vasta ofensiva no Iraque e proclamou um califado nas vastas regiões conquistadas nos dois países.
Segundo dados da ONU, mais de 191 mil pessoas já foram mortas desde o início da guerra na Síria em março de 2011, na sequência de um movimento de contestação pacífica se tornou progressivamente numa rebelião armada e motivou o início da repressão pelo regime.
O conflito assumiu de seguida contornos mais complexos, com as forças rebeldes a combaterem em simultâneo o regime de Al-Assad e as forças do EI.