Polícia foi contra a liberdade condicional do autor do sequestro trágico de Sydney
A polícia australiana afirmou, esta quarta-feira, ter-se oposto à concessão de liberdade condicional a Man Haron Monis que, esta segunda-feira, fez 17 reféns, num sequestro que, após intervenção policial, terminou com a sua morte e a de dois civis.
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Polícia diz ter-se oposto à liberdade condicional do autor do sequestro de Sydney
"Estávamos preocupados que este homem obtivesse liberdade condicional desde o início", disse o comissário da polícia do estado de Nova Gales do Sul, Andrew Scipione, em conferência de imprensa.
Monis, pregador iraniano que chegou como refugiado à Austrália em 2001, era acusado, entre outros crimes, de ser cúmplice do homicídio da sua mulher.
O comissário reagia ao debate em torno da liberdade condicional de que beneficiava Monis, que fez reféns num café popular de Sydney, exigindo que lhe levassem a bandeira do Estado Islâmico (EI) e falar, ao telefone, com o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
"O sistema não funcionou adequadamente com este indivíduo, não há dúvidas sobre isso", reconheceu Abbott, que, na véspera, debateu o assunto com o Comité de Segurança Nacional e manifestou a sua comoção porque o nome de Monis não figurava de qualquer lista de vigilância.
Andrew Scipione explicou que Monis não tinha sido condenado e que os crimes não estavam relacionados com a violência por motivos políticos, observando que como o sequestrador, abatido pelas autoridades durante a intervenção policial, há muitos outros.
"Claramente nós trabalhamos sob um sistema assente em prioridades, pelo que se alguém está numa lista de vigilância da segurança nacional então prestamos-lhe especial atenção", afirmou Scipione.