Um português foi detido, no início do mês de janeiro, em Saná, a capital do Iémen, juntamente com um belga, que as autoridades suspeitam de fazer parte de uma célula da al-Qaeda, e um somali. O Governo português desconhece o caso.
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De acordo com o ministro iemenita do Interior, um dos três homens detidos tinha propaganda da al-Qaeda, escreve o jornal belga "Le Soir". Contactado pelo JN, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse não ter conhecimento da detenção do português no Iémen. À Lusa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, explicou que, em caso de detenção de cidadãos nacionais no estrangeiro, as autoridades portuguesas apenas são contactadas a pedido dos detidos.
A investigação decorre neste momento, informou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Iémen ao embaixador belga em Riade, citado pelo jornal "La Libre Belgique", que adianta alguns detalhes relativamente ao cidadão belga.
Thomas R. viverá "há algum tempo" no Iémen, onde chegou proveniente de um outro país. Deverá ser repatriado, adiantou fonte ligada ao processo, ao mesmo jornal.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, calculou, em outubro do ano passado, que "entre 12 a 15" cidadãos nacionais estivessem a combater nas fileiras do Estado Islâmico (EI) e "dois ou três" tinham, então, intenções de regressar ao país.
Em outubro , morreu o primeiro português a combater pelo EI. Sandro "Funa", nascido em Portugal e de origem cabo-verdiana, foi para Londres em 2007, onde acabou por se converter ao Islão. Estava na Síria, desde o início do ano passado.
Portugal não possui representação diplomática no Iémen, país que está sob jurisdição da embaixada portuguesa em Riade, Arábia Saudita.