Portuguesa apanhada nos tumultos que colocaram o Reino Unido a ferro e fogo
Empresa em que trabalha portuguesa, em Londres, deu indicações aos funcionários para seguirem para casa, diante do eclodir de motins que instalou o pânico na cidade.
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Os tumultos e motins que há mais de uma semana atravessam o Reino Unido, desencadeados por movimentos de extrema-direita e grupos anti-imigração, colocaram o reino em alerta máximo, e o Conselho Nacional deChefes de Polícia assegurou hoje, em comunicado, que as forças de segurança “estão a adotar uma linha dura em relação aos suspeitos de desordem violenta”, anunciando 428 detenções e a acusação de 120 indivíduos. Uma portuguesa de 21 anos, economista em Londres, foi apanhada num cenário sem precedentes de ameaça aos imigrantes, e seguiu esta tarde para casa, depois de a empresa em que trabalha ter apelado aos funcionários, na sua maioria imigrantes, que se mantenham em segurança.
“Hoje sabia-se que ia haver alguns protestos, estavam previstos entre três a cinco em diferentes bairros. Às 4 da tarde, saiu a notícia que se previam mais de 100 [para o final do dia]. E então recebemos um email do nosso diretor no Reino Unido a dizer ‘por favor estejam em segurança, arrumem as vossas coisas e vão para casa. Tenham muito cuidado”, conta Catarina ao JN, economista a trabalhar há um ano numa empresa de comércio online com uma centena de funcionários em Londres.