Duas mulheres foram raptadas, esta terça-feira, em Moçambique, uma de nacionalidade portuguesa e outra moçambicana, naquele que está a ser o dia mais dramático desta vaga de crimes.
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A cidadã portuguesa foi raptada na Matola, cidade satélite de Maputo, por três homens armados.
O rapto ocorreu no interior da empresa onde a portuguesa exerce funções de gestora financeira, segundo adiantou à agência Lusa uma fonte da comunidade portuguesa em moçambique. A identidade da vítima e a identificação da empresa não foram divulgados.
As autoridades portuguesas estão a acompanhar o caso, que já foi reportado à polícia moçambicana e aos familiares da vítima, segundo o cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes.
Este é o segundo rapto conhecido envolvendo cidadãos portugueses, de uma onda de sequestros que começou em 2011 e que tem visado setores abastados da sociedade moçambicana.
O outro caso de rapto esta terça-feira visou uma mulher moçambicana de 33 anos, ocorrido por volta das 8.00 horas no bairro Laulane, nos arredores da capital moçambicana.
Samuel Maibasse, responsável de segurança da organização não-governamental (ONG) Save the Children, disse que a mulher de um dos funcionário desta ONG foi esta raptada na sua residência, perante os seus filhos, irmã e cunhado, alegadamente por cinco homens.
"A primeira pessoa trazia uma pasta - o cunhado do meu colega (que presenciou o crime) disse que pensavam que eram da Electricidade de Moçambique - de onde tirou uma pistola, mandou as crianças deitarem-se, começou a recolher telefones e exigiu dinheiro, levaram computadores e mais coisas, e, no final, levaram com eles a esposa", disse Maibasse.
"Disseram para não informar a polícia e foram-se embora. Ele [o colega de trabalho] informou logo a polícia. Ainda não temos clareza se é rapto ou se queriam roubar e a levaram para proteção deles", acrescentou o responsável.