O centro comunitário português recebeu uma "onda de solidariedade" com ofertas de ajuda para os portugueses afetados pelo incêndio numa torre de habitação no noroeste de Londres.
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"Recebemos umas largas centenas de chamadas, as pessoas responderam em massa", confirmou o responsável, Lino Miguel, à agência Lusa.
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Chegaram também contactos através do Facebook.
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O Centro de Apoio à Comunidade Lusófona foi envolvido por coordenar, em conjunto com o Consulado Geral de Londres e a Missão Católica Portuguesa, o plano de contingência para situações de emergência que afetam cidadãos lusófonos.
Ao todo, 10 portugueses residiam no edifício de 24 andares, uma família de quatro pessoas e dois jovens em dois apartamentos no 13.º andar e uma família de quatro pessoas no 21.º andar.
O dispositivo foi acionado muito cedo perto das três horas porque, por coincidência, um dos residentes no bloco é João Dias, coordenador do Programa Escolhas no centro comunitário.
O plano prevê assistência com alojamento, alimentação, roupas e outros produtos pessoais, documentação e até apoio psicológico.
A prioridade foi localizar e saber do estado de saúde dos residentes portugueses, nenhum dos quais está em risco de vida.
As duas filhas da família portuguesa do 21.º andar, de 10 e 12 anos, chegaram a ser hospitalizadas, mas o estado de saúde evoluiu e já não inspira cuidados, permanecendo apenas a mãe, em estado avançado de gravidez, sob observação.
"As pessoas estão realojadas, escolheram ficar em casa de amigos", indicou.
A principal preocupação passou para encontrar roupa, calçado e produtos de higiene, tendo já sido recebidos alguns donativos.
Nas imediações do edifício, a comunidade local também se mobilizou, oferecendo bebidas a residentes desalojados, polícias, bombeiros e jornalistas.
Na Igreja e centro comunitário de Latymer chegou um volume elevado de donativos, nomeadamente fraldas, sapatos, brinquedos, roupa e produtos alimentares.
Uma voluntária dirigiu-se aos jornalistas pelas 13 horas, indicando que já tinham suficiente e que não tinham capacidade para receber mais.
O Serviço de Ambulâncias de Londres divulgou que 74 pessoas estão a receber cuidados médicos, 20 das quais estão em estado crítico, após ficarem feridas no incêndio que atingiu a Torre Grenfell, no oeste de Londres.
A polícia disse que doze pessoas morreram no incêndio, que começou depois da meia-noite de quarta-feira na Grenfell Tower, zona próxima de Notting Hill.
O incêndio, cuja causa ainda é desconhecida, começou de madrugada no prédio de habitação social onde existem 120 habitações e onde se estima que moram cerca de 500 pessoas.