O chefe de Estado angolano felicitou Filipe Nyusi pelo resultado eleitoral que o candidato e a Frelimo terão alcançado nas eleições gerais moçambicanas de 15 de outubro, afirmando que o povo optou pela "continuidade".
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De acordo com o teor da mensagem enviada a Filipe Nyusi divulgado pela Casa Civil, José Eduardo dos Santos desejou ao candidato a presidente da República de Moçambique "muitos êxitos e imensas felicidades no cumprimento do seu nobre mandato".
O presidente angola acrescenta, na mensagem, que "os expressivos resultados obtidos pela candidatura de Filipe Nyusi" e a "simultânea vitória alcançada pela Frelimo" nas eleições legislativas, "testemunham, de forma inequívoca, a vontade do povo moçambicano a favor da continuidade governativa, em prol da Paz, tolerância, estabilidade, desenvolvimento e progresso económico e social".
Citada ao final do dia de segunda-feira pelos órgãos de comunicação social públicos angolanos, a mesma mensagem reitera "o desejo do Governo angolano de continuar a reforçar os históricos laços de amizade e cooperação" entre os dois países.
Apesar de o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral ter interrompido na sexta-feira a divulgação de resultados nacionais, enquanto decorrem os apuramentos distritais e provinciais, dados publicados pelo jornal estatal "Domingo" com base nas entidades eleitorais davam conta de que Filipe Nyusi conservava a liderança na contagem das presidenciais, quando estavam processadas mais de metade das mesas de votação.
Nyusi seguia à frente, com 62,13% dos votos, seguido de Afonso Dhlakama, presidente da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), com 31,06%, e de Daviz Simango, líder do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), com 6,81%.
O jornal não fazia referência aos resultados das legislativas, remetendo para uma projeção do Observatório Eleitoral, a maior entidade de observação da votação de quarta-feira, que atualizou os seus dados, esta segunda-feira, dando 57% à Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), 32% à Renamo e 10% ao MDM, e prevendo uma abstenção de 51%.
Mais de dez milhões de moçambicanos foram chamados a escolher um novo Presidente da República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais.
No escrutínio concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos.