O presidente moçambicano, Armando Guebuza, disse, esta sexta-feira, em Maputo, que a assinatura do acordo para o fim da violência militar no país desperta justas e legítimas expetativas de uma vida melhor e de prosperidade para os moçambicanos.
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"Com a assinatura deste acordo, despertam-se justas e legitimas expetativas do nosso povo, que se resumem na esperança de uma vida melhor e de prosperidade", afirmou Armando Guebuza, no discurso que proferiu após assinar com o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, o Acordo de Cessação das Hostilidades Militares.
Segundo Armando Guebuza, todos os moçambicanos esperam, com a assinatura do entendimento, poderem gozar dos direitos e liberdades plasmadas na Constituição da República.
"Todos os moçambicanos esperam usufruir de todas as suas liberdades e garantias constitucionais, trabalhando em paz, realizando as suas cerimónias de evocação dos seus antepassado em paz, juntando-se em cerimónias religiosas em paz, organizando as suas atividades sociais em paz e circulando com os seus bens, por qualquer espaço geográfico do nosso solo pátrio, em paz", afirmou o chefe de Estado moçambicano.
Para Armando Guebuza, o país espera que a assinatura do acordo do fim da violência militar encoraje os parceiros internacionais a manterem o seu apoio ao combate à pobreza e a ajuda ao desenvolvimento, incentivando igualmente os investidores a continuar a aposta na realização de empreendimentos empresariais no país.
Apelando aos actores políticos nacionais a pautarem a sua atuação dentro da Constituição da República, Armando Guebuza exortou o líder da Renamo e o seu partido a estarem à altura dos compromissos que assumiram no âmbito do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares.
"O Governo reafirma o compromisso de fazer a sua parte, e, de imediato, na nossa qualidade de Presidente da República, iremos tomar as providências necessárias para a adoção do acordo de cessação das hostilidade sob a forma de lei e iremos, nos próximos dias, trabalhar no estabelecimento de um fundo de paz e reconciliação, que possa oferecer oportunidades de geração de renda para os desmobilizados de guerra, incluindo da força residual da Renamo", afirmou o chefe de Estado moçambicano.
Ao abrigo do pacto, o principal partido da oposição vai entregar para desarmamento a "força militar residual" que mantinha ao abrigo do Acordo Geral de Paz assinado em 1992 e que pôs termo a 16 anos de guerra civil.