Laura Chinchilla, eleita no domingo primeira presidente da Costa Rica, prometeu no seu discurso de vitória dialogar com todos os sectores e melhorar a saúde, educação e segurança no país.
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"Não recebemos do povo um cheque em branco, para fazer qualquer coisa, mas temos sob os nossos ombros obrigações muito solenes (como) dialogar séria e permanentemente com todos os partidos e sectores sociais", afirmou Chinchilla.
De acordo com o Tribunal Supremo de Eleições (TSE), escrutinadas 71,1 por cento das mesas de voto, Chinchilla, candidata do Partido de Libertação Nacional (PLN, no poder), obteve 46,8 por cento dos votos, Ottón Solís, do Partido Ação Cidadania (PAC, centro-esquerda) 25 por cento e Otto Guevara, do Movimento Libertário (ML, direita) 21 por cento.
"Estamos a fazer história", disse a Presidente eleita - ainda que não oficialmente - numa intervenção repleta de agradecimentos, em que lançou um apelo para o diálogo no país, com o objectivo de "tomar decisão, não para as evitar ou adiar".
"Terei as postas abertas a todos os costa-riquenhos de boa fé. Escutarei a voz daqueles que não estivaram connosco nesta eleição e pediremos humildemente a sua ajuda. Ninguém tem o monopólio da verdade, da sensatez e da moral", referiu
Chinchilla, de 50 anos e com uma pós-graduação em Ciências Políticas, agracedeu às "pioneiras que abriram o caminho à participação na política da mulher na Costa Rica", "tornando possível que o país tenha agora uma mulher como Presidente da República".
Entre os compromissos assumidos, a nova Presidente destacou a "segurança, segurança e segurança", numa alusão ao que os costa-riquenhos consideram, em diversas sondagens, ser o problema mais grave do país.
Também prometeu melhorar a qualidade de saúde e do meio ambiente, com o objectivo de fazer da Costa Rica, em 2021, um país livre de emissões de carbono.
Por outro lado, propôs melhorar a qualidade da educação pública e continuar com um crescimento económico sustentado, que converta o país na primeira nação desenvolvida da América Latina.
"Este é um momento de alegria, mas sobretudo de humildade e agradecimento ao povo costa-riquenho que hoje me deu o mais precioso dos seus bens: a sua confiança", declarou Laura Chinchilla.
A vencedora das presidenciais garantiu que nos quatro anos do seu mandato, que começam no próximo dia 08 de maio, actuará som "rectidão, responsabilidade, independência e ponderação, tendo em vista exclusivamente o interesse" do país.
Chinchilla sucede no cargo a Óscar Arias, um dos seus mentores e do qual foi vice-presidente e ministra da Segurança e da Justiça.