Líder do Kremlin garante que serão “identificados e punidos” todos os que prepararam o maior atentado em solo russo dos últimos 20 anos.
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Indignação, revolta, dor; flores e velas depositadas em memoriais improvisados. A consternação atravessou ontem a área de Krasnogorsk, nos arredores de Moscovo, junto à grande sala de espectáculos consumida pelo fogo onde, na sexta-feira, um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico subtraiu 133 vidas, atirando para os hospitais mais de uma centena dos 145 feridos. O presidente russo, que falou num “ato terrorista bárbaro e sangrento”, dirigiu-se hoje à nação para ensaiar uma ligação de Kiev ao maior atentado terrorista no país dos últimos 20 anos, alegando que os quatro atiradores identificados nas imagens do tiroteio no interior do Crocus City Music Hall foram detidos – entre um total de 11 detenções – enquanto tentavam fugir para a Ucrânia.
"Todos os quatro autores diretos do ataque terrorista, todos aqueles que atiraram e mataram pessoas, foram encontrados e detidos. Eles tentaram esconder-se e seguiram em direção à Ucrânia, onde, segundo dados preliminares, foi preparada uma janela para eles do lado ucraniano para cruzarem a fronteira do estado. Um total de 11 pessoas foram detidas”, atirou Vladimir Putin num discurso à nação, sugerindo assim a ligação da Ucrânia a um atentado assumido na noite de sexta-feira pelo Daesh.