O Quénia vai encerrar o maior campo de refugiados do mundo até novembro e enviar os refugiados somalis ali residentes de volta ao seu país em guerra ou para países terceiros.
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O campo de Dadaab, situado na fronteira do Quénia com a Somália, acolhe cerca de 350 mil refugiados, a maioria dos quais fugidos à guerra somali que dura há mais de duas décadas.
O Governo queniano anunciou no início deste mês que vai encerrar o campo e criar uma equipa para investigar como isso há de ser feito.
"Quero informar o mundo de que a decisão de encerrar o campo de Dadaab é final", disse o ministro do Interior, Joseph Ole Nkaissery, depois de receber o relatório da equipa.
"Esperamos encerrar o campo o mais tardar em novembro deste ano", precisou.
Segundo o governante, o relatório será partilhado com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
"Pelo nosso lado, vamos preparar um dispositivo de segurança e garantir que é feito da forma mais humana possível", acrescentou, sublinhando que o relatório é "muito claro quanto aos prazos" para assegurar a partida dos refugiados.
"Mas isto é uma operação do ACNUR, nós só estamos lá para os ajudar a devolver os refugiados", disse Joseph Ole Nkaissery.
As instituições humanitárias e a ONU têm expressado descontentamento com o plano de encerramento do campo, ao passo que grupos de direitos humanos alertaram que repatriar refugiados à força seria uma violação do direito internacional.