A Rússia afirmou que apenas atingiu alvos militares na Ucrânia nos ataques desta quinta-feira, depois de as autoridades ucranianas terem denunciado a morte de pelo menos 15 pessoas em bombardeamentos contra zonas residenciais de Kiev.
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O Ministério da Defesa russo disse ter atacado "empresas do complexo militar-industrial e bases aéreas militares ucranianas", e que todos os objetivos foram atingidos, de acordo com um comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Moscovo continua a afirmar que apenas visa instalações militares na Ucrânia, apesar de várias cidades do país terem sido atingidas, incluindo o centro de Kiev, onde foram registados pelo menos 15 mortos.
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A Rússia rejeitou ainda críticas da União Europeia (UE) sobre o empenho em negociações, afirmando estar interessada em procurar a paz, mas assegurou que continuará a atacar a Ucrânia até alcançar os seus objetivos.
"As forças armadas russas estão a cumprir a missão. Continuam a atacar alvos militares e paramilitares", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov.
"Ao mesmo tempo, a Rússia continua interessada em prosseguir o processo de negociação, a fim de alcançar os objetivos que foram fixados por meios políticos e diplomáticos", afirmou, citado pelas agências de notícias France-Presse (AFP) e espanhola EFE.
A Rússia lançou 598 drones e 31 mísseis balísticos e de cruzeiro em todo o país, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia.
No comunicado divulgado em Moscovo, o Ministério da Defesa disse que foram usadas "armas de alta precisão lançadas do ar de longo alcance, incluindo mísseis balísticos hipersónicos Kinzhal", noticiou a agência russa Ria Novosti.
Trata-se de um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra em fevereiro de 2022, de acordo com a agência de notícia norte-americana Associeted Press (AP).
Foi o primeiro grande ataque russo a Kiev em semanas, durante as quais ocorreram iniciativas dos Estados Unidos para tentar pôr fim à guerra.
O Ministério da Defesa da Rússia também anunciou que abateu 102 drones ucranianos durante a noite, principalmente no sudoeste do país.
Um ataque com drones provocou um incêndio na refinaria de petróleo Afipsky, na região de Krasnodar, disseram autoridades locais, enquanto um segundo incêndio foi relatado na refinaria Novokuibyshevsk, na região de Samara.
A Ucrânia tem atacado nos últimos dias refinarias e outras infraestruturas petrolíferas russas, numa tentativa de enfraquecer a economia de guerra do país.
Tais ataques fizeram com que os postos de gasolina em algumas regiões russas ficassem sem combustível e os preços disparassem, referiu a AP.
