A Rússia pediu, esta segunda-feira, à comunidade internacional que não "tire conclusões precipitadas" depois do ataque de 'drones' às instalações petrolíferas sauditas, reivindicadas por rebeldes iemenitas, pelo qual Washington acusa o Irão.
Corpo do artigo
"Pedimos a todos os países que se abstenham de qualquer ação ou conclusão precipitada que venha agravar a situação, mas ao contrário, que mantenham uma linha que ajude a apaziguar", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
"Este incidente é uma história muito desagradável com consequências muito desagradáveis para os mercados mundiais de petróleo", disse Peskov, esperando que "a Arábia Saudita seja capaz de lidar com os danos o mais depressa possível".
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, deverá fazer em outubro uma visita oficial à Arábia Saudita, cuja data será anunciada em breve, disse o porta-voz do Kremlin.
O preço do petróleo subiu na segunda-feira após o ataque, que reduziu brutalmente a oferta mundial do produto e despertou o temor de uma escalada militar entre os Estados Unidos e o Irão.
Um ataque com drones provocou, no sábado, incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco no leste da Arábia Saudita.
As explosões provocaram incêndios nas instalações de Abqaiq, a maior para processamento de petróleo do mundo, e no campo de petróleo de Khurais.
Os rebeldes iemenitas Huthis, apoiados pelo Irão e que enfrentam uma coligação militar liderada por Riade há cinco anos, assumiram a responsabilidade pelos ataques.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, acusou o Irão de estar na origem do ataque.