No início do ano, os EUA frustraram um plano russo que visava assassinar o presidente-executivo de uma grande fabricante de armas alemã que fornece a Ucrânia, revelou esta quinta-feira a CNN.
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O meio de comunicação social americano anunciou que os EUA informaram a Alemanha da conspiração do Kremlin para eliminar Armin Papperger, da Rheinmetall, momento a partir do qual o empresário passou a estar sob proteção. Papperger não era, aliás, o úncio da lista do governo russo, que pretendia matar vários executivos ligados à indústria de defesa europeia que apoiam Kiev. De referir que a Rheinmetall produz projéteis de artilharia, planeando começar a fabricar veículos blindados para a Ucrânia.
A notícia surge no momento em que os líderes da NATO estão reunidos em Washington para assinalar o 75.º aniversário da aliança. Segundo referiu a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, as últimas informações sobre a fabricante de armas confirmam as suspeitas que têm sido comunicadas nos últimos meses. "A Rússia está a travar uma guerra híbrida", defendeu, frisando que ás agressões se juntam sabotagem, com ataques cibernéticos, ataques a pessoas e a fábricas. Annalena Baerbock sublinhou ainda que o relatório sobre a Rheinmetall reforça ainda mais a necessidade de a Europa se proteger e não ser "ingénua".
Um porta-voz do Ministério do Interior alemão não quis comentar o assunto, referindo apenas que o Governo alemão "leva muito a sério as ameaças do regime russo".