O primeiro-ministro de Espanha exigiu a Israel que respeite os direitos dos integrantes da flotilha humanitária, enquanto a homóloga de Itália considerou que a missão que tentou chegar à Faixa de Gaza prejudica a população palestiniana.
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"A flotilha não representa nenhum perigo para o Governo de Israel, esperemos que [o Governo de Israel] não represente um perigo para a flotilha", disse Pedro Sánchez à entrada para uma reunião da Comunidade Política Europeia, em Copenhaga, capital da Dinamarca.
O Governo espanhol exigiu a Israel que faça o que "é necessário para proteger não só os direitos dos compatriotas [espanhóis], mas de todos os integrantes da flotilha" detidos na noite de quarta-feira e madrugada de hoje, quando já estavam aproximar-se da Faixa de Gaza.
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"O que esta flotilha estava a fazer era colmatar algo que Israel impediu", ou seja, o bloqueio de apoio humanitário no enclave palestiniano, argumentou Pedro Sánchez.
Já a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, foi crítica e disse que "não acredita que isto beneficie a população palestiniana, pelo contrário, trará mais dificuldades para a população" que está cercada por Israel há meses no enclave.
A primeira-ministra italiana ressalvou que "obviamente, vai fazer todo o que é possível para assegurar que estas pessoas regressam a Itália o quanto antes".
"Demonstra mais uma vez a brutalidade de Israel"
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu que a interceção da flotilha "demonstra, mais uma vez, a brutalidade de Israel".
"Este ataque do governo israelita contra civis que navegam em águas internacionais demonstrou mais uma vez a loucura com que os seus quadros genocidas tentam ocultar os seus crimes contra a humanidade em Gaza", afirmou Erdogan.
"[O ataque] revela mais uma vez a brutalidade de Israel", insistiu o chefe de Estado turco, que falava numa reunião com dirigentes provinciais do seu partido, o AKP.