Agentes secretos israelitas entraram, esta quinta-feira de madrugada, num hospital palestiniano, disfarçados como uma família que transportava uma mulher grávida e mataram um homem a tiro.
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A entrada e saída do grupo ficou registada pelas câmaras de segurança, que mostram mais de uma dezena de homens fortemente armados no corredor do hospital, nos territórios ocupados da Cisjordânia.
Disfarçados com roupas árabes, lenços e barbas, os homens avançaram até ao quarto de Azzam al-Shalalda, que é acusado da autoria de um ataque com faca há duas semanas.
No quarto, os elementos do Shin Bet, os serviços de segurança internos israelitas, amarraram o irmão do suspeito à cama, mataram um primo, que os terá tentando atacar, de acordo com a versão oficial israelita, e levaram al-Shalalda numa cadeira de rodas.
"Quando o primo saiu da casa de banho, dentro do quarto, eles dispararam cinco tiros. Um na cabeça, um no peito e três no corpo", revelou o diretor do hospital Al-Ahli, Jihad Shawar.
"Eles levaram Shalalda e puseram-no na cadeira de rodas onde tinham trazido a mulher e saíram o quarto, sem deixarem que alguém prestasse assistência ao jovem que ficou caído no chão", contou ainda o responsável pela instituição.
O ministro da Saúde palestiniano, Jawad Awad, acusou as forças de segurança israelitas de terem executado o palestiniano e pediu a intervenção da comunidade internacional.
O Shin Bet emitiu um comunicado a confirmar a operação e a afirmar que "não iria permitir que terroristas se escondessem em nenhum sítio".