Seis dos 11 portugueses que se encontravam no "Costa Concordia" foram encaminhados para um hotel nas imediações do aeroporto de Roma. Um deles é o antigo locutor de futebol da Antena 1, Rui Almeida, que contou ao JN que além dele e da mulher foram encaminhados para a mesma unidade hoteleira "um casal de Almada e duas mulheres, mãe e filha, de Vila do Conde".
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Quanto ao casal que sofreu ferimentos ligeiros, o locutor de futebol calculava que, por viverem na Suíça, se encontrassem com os passageiros daquele país.
Os restantes três não foram localizados por Rui Almeida, mas fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros assegurou que os 11 passageiros com nacionalidade lusa tinham sido contactados e encontravam-se bem.
Três mortos confirmados
Mais de um terço dos 4231 ocupantes (passageiros e tripulação) que seguiam no navio que se afundou na noite de sexta feira ao largo de Itália têm aquela nacionalidade.
Ao fim da tarde deste sábado estavam oficialmente confirmadas três vítimas mortais - dois franceses e um peruano -, e 40 feridos, dois dos quais em estado grave, mas ainda se entravam desaparecidas 69 pessoas. O jornal "Il Messaggero" falava em oito mortos e 30 feridos.
O "Costa Concordia" embateu numa zona rochosa ao largo da ilha de Giglio, no sul da Toscânia, pelas 20 horas (19 em Lisboa) de sexta-feira.
Rui Almeida contou que nessa altura se encontrava a jantar no restaurante no 3.º piso quando se apercebeu que o navio "tinha adornado para bombordo".
Ouviu-se o barulho do metal a roçar em rocha e trepidação, e quando a energia falhou dirigiu-se com a mulher para a cabine no 10.º andar. Ali muniram-se dos bens mais importantes e dos coletes de salvação.
Quando ouviram o sinal de evacuação, dirigiram-se com uma "calma olímpica" ao quarto piso, onde se encontravam as balsas de salvamento. "Aí houve alguns problemas de pânico porque as pessoas se aglomeraram junto às balsas", explicou.
"Erro humano"
Rui Almeida sublinhou não ter "dúvidas" de que se tenha tratado de "erro humano", principalmente por excesso de confiança. "Até um leigo percebia que um navio com um calado de oito metros não se compadece com baixios muito comuns" em redor das pequenas ilhas, disse, admitindo ainda um "erro de interpretação dos sinais".