Jordan Neely, de 30 anos, morreu, na segunda-feira, estrangulado por um ex-fuzileiro no metro em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Segundo testemunhas no local, o sem-abrigo estava a atirar lixo e a gritar com os outros passageiros e foi aí que o ex-fuzileiro decidiu intervir. Tentou imobilizá-lo, mas acabou por lhe tirar a vida.
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O confronto aconteceu durante uma viagem do metro que parou na estação Broadway-Lafayette, no centro de Nova Iorque. As testemunhas que estavam na carruagem disseram às autoridades que Jordan Neely, conhecido por imitar Michael Jackson nas ruas da cidade, estava a comportar-se de forma errática, a atirar lixo e a gritar com os passageiros.
Foi nesse momento que o fuzileiro decidiu intervir e imobilizar o homem de 30 anos. De acordo com o "The Guardian", não é conhecida a identidade do homem, mas foi descrito como um ex-fuzileiro americano de 24 anos. O homem segurou Jordan com as pernas à volta do corpo e com os braços sufocou-lhe o pescoço. O sem-abrigo perdeu a consciência ao fim de quase três minutos a resistir e morreu mais tarde no hospital.
O momento foi captado pelo jornalista freelancer Juan Alberto Vazquez, que estava no metro, e mais tarde partilhado no Facebook. Nas imagens é possível ver Jordan a dar pontapés enquanto era agarrado e a tentar "libertar-se". A autópsia atribuiu a causa da morte à compressão do pescoço, sendo considerada homicídio.
Quando a notícia da morte de Jordan se espalhou pela Internet, o vídeo do confronto despertou diferentes opiniões. Alguns descreveram o ato como uma reação exagerada e letal visto que se tratava de uma pessoa com doença mental e outros defenderam as ações do jovem de 24 anos.
O ex-fuzileiro foi detido pela polícia após o incidente, mas foi libertado sem acusações ao fim de algumas horas. Na quarta-feira, um porta-voz da polícia de Nova Iorque disse ao jornal britânico que a investigação estava "em curso".
O gabinete do procurador de Manhattan também revelou que está a investigar o caso. "Como parte da nossa rigorosa investigação, vamos rever o relatório do médico legista, avaliar todas as imagens de vídeo e fotografias disponíveis, identificar e entrevistar o maior número possível de testemunhas e obter registos médicos adicionais", disse um porta-voz do Ministério Público à Associated Press.
Jordan Neely ficou com uma depressão profunda depois de a mãe ter sido brutalmente assassinada pelo padrasto em 2007 e nunca recuperou, segundo relatos de amigos e familiares citados pelo "New York Post".
