O líder da maioria democrata do Senado norte-americano, Harry Reid, anunciou esta quarta-feira a conclusão com o homólogo republicano de um acordo que permite subir o teto da dívida pública norte-americana.
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O compromisso, anunciado pelos dois líderes políticos do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano), sobe o teto da dívida e prevê a reabertura imediata das agências federais parcialmente encerradas desde 1 de outubro.
O entendimento alcançado implica subir o limite da dívida até 7 de fevereiro e garantir o financiamento do Estado até 15 de janeiro.
O acordo inclui ainda a convocação de uma comissão para negociar um orçamento para 2014.
Segundo Mitch McConnell, o chefe da minoria republicana, a votação no Senado poderá ocorrer ainda hoje, evitando assim uma situação de incumprimento.
O líder democrata, Harry Reid, saudou um "acordo histórico, consensual para reabrir o Estado e evitar um incumprimento nas contas da nação".
"O compromisso que concluímos dará à nossa economia a estabilidade que desesperadamente precisa", reforçou.
A paralisação parcial da administração federal norte-americana, devido à falta de um acordo orçamental no Congresso entre democratas e republicanos, entrou hoje no 16º dia.
O limite máximo da dívida autorizado pelo Congresso norte-americano é de 16.699 biliões de dólares (12.329 mil milhões de euros).
Este limite foi ultrapassado a 17 de maio e, desde então, o Departamento do Tesouro tem coberto os compromissos através de manobras contabilísticas, atrasos nos pagamentos e transferências de fundos fiduciários que se esgotam na quinta-feira (dia 17 de outubro).
Momentos depois deste anúncio, o Presidente norte-americano, Barack Obama, felicitou os líderes do Senado e exortou o Congresso norte-americano a adotar "rapidamente" o acordo, segundo o porta-voz da Casa Branca.
No encontro diário com a comunicação social, Jay Carney desejou que os legisladores atuem de forma concreta para que "os serviços do Estado reabram e ameaça de um incumprimento seja colocada de parte".