Dois cidadãos portugueses, pai e filha, ficaram feridos na sequência do sismo que abalou Marrocos, na noite de sexta-feira.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou, num ponto de situação feito ao final da tarde deste sábado, que dois cidadãos nacionais (pai e filha menor) ficaram feridos no terramoto, estando a receber tratamento hospitalar, fora de perigo. As vítimas, que estavam de visita a Marraquexe juntamente com mais três elementos da família quando se registaram os abalos, estão em contacto direto com o embaixador português em Rabat, acrescentou o governante.
"Sentiram toda aquela perturbação, uns ficaram em estado de choque, o meu filho levou com uma pedra na cabeça e a minha neta foi ferida num pé", contou, em declarações à TSF, a mãe e avó das duas vítimas portuguesas.
"Estão numa situação de necessidade de ajuda, de proximidade de alguém português que os ajude a resolver uma série de situações. A minha nora e as outras duas crianças, uma de seis e outra de 12, estão em estado de choque e não estão a conseguir resolver as coisas. O meu filho, naturalmente, está incapacitado", lamentou Maria José, que já teve garantia por parte das autoridades portuguesas de que será prestado apoio.
De acordo com a familiar das vítimas, os três membros da família que não foram hospitalizados não têm alojamento, uma vez que o hotel onde estavam instalados era na medina. Os dois feridos ainda não tiveram alta, mas estarão fora de perigo.
O sismo que atingiu Marrocos na sexta-feira à noite causou mais de mil mortos e de 1200 feridos, provocando danos generalizados na região de Marraquexe, importante destino turístico marroquino. O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de entre 6,8 e 6,9 na escala de Richter.