Pelo menos 38 pessoas morreram, a maioria polícias, e 166 ficaram feriadas no duplo atentado de sábado à noite em Istambul. Treze pessoas foram detidas.
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O grupo radical curdo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), próximo do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), reivindicou, este domingo, o atentado. "Os TAK reivindicaram o atentado que ocorreu ontem [sábado] em Istambul", noticiou a agência Firat próxima do movimento separatista curdo.
Os primeiros elementos recolhidos após o duplo atentado bombista que atingiu Istambul no sábado apontavam para os separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como autores dos ataques, revelou, no domingo, o ministro do Interior turco, Süleyman Soylu.
"As constatações efetuadas (...) apontam o PKK como o autor" do duplo ataque, afirmou Soylu, citando em particular "a forma como foi planejado" e o tempo das explosões, que parecem ter tido como alvo a polícia.
O primeiro balanço de vítimas falava em pelo menos 15 mortos e 69 feridos.
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A primeira explosão ocorreu junto ao estádio do clube de futebol Besiktas, com recurso a um carro armadilhado, e a segunda, provocada por um bombista-suicida, deu-se num parque próximo do estádio.
"Infelizmente, há mártires (mortos) e feridos", tinha já dito o Presidente da Turqia, Recep Tayyip Erdogan, num comunicado.
Erdogan considerou que por terem acontecido pouco depois do fim do jogo entre o Besiktas e o Bursaspor, as explosões tinham como objetivo atingir o maior número de vítimas possível.
O Presidente da Turquia defendeu que "o nome ou o método da organização terrorista que perpetrou o ataque" não interessa.
"Ninguém deve duvidar de que vamos derrotar o terrorismo, os grupos terroristas, os terroristas e, claro, as forças por trás deles, com a ajuda de Deus", afirmou.
Segundo as autoridades turcas, o carro, "cheio de explosivos", foi detonado no local onde estava a polícia de intervenção, já depois de os adeptos terem dispersado, no fim do jogo.