Um sobrevivente de um acidente aéreo fotografou-se logo após a queda do avião. A foto, na qual aparece de colete salva-vidas em pleno Oceano Pacífico, corre mundo.
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Ferdinand Puentes, um norte-americano de 39 anos, fez uma "selfie" em pleno Oceano Pacífico, depois de sobreviver à queda de um avião Cessna Grand Caravan, no dia 11 de dezembro, na costa de Kalaupapa, em Molokai, uma das ilhas do Havai.
A foto tem circulado nas redes sociais, mas o que os cibernautas não sabiam é que este auto-retrato é o desfecho de um aterrorizante registo em primeira pessoa, filmado pelo norte-americano com uma câmara "GoPro".
Quando os nove tripulantes do avião da companhia havaiana Makani Kai Air descobriram que teriam de fazer uma aterragem forçada na água, Puentes já estava de câmara na mão. Foi com a sua "GoPro" que registou o momento do impacto no mar e o desespero de tentar colocar o colete salva-vidas enquanto a água começava a invadir o interior da cabine, assim como a saída para o mar e o avião a afundar.
"É como se o tempo congelasse e tudo o que nos lembramos do passado vem à tona... as pessoas que amamos... Realmente, a vida toda passou diante dos meus olhos", declarou Puentes à ABC.
Ferdinand disse que Clyde Kawasaki, o piloto, foi um "herói" por ter conseguido pousar o avião de forma tão perfeita na água e ter mantido todos os passageiros calmos e organizados durante a evacuação: "não ouvi um único grito durante a queda, e a evacuação do avião foi exemplar".
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Infelizmente, Loreta Fuddy, de 65 anos, uma alta funcionária do setor de saúde do Havai, faleceu depois de ficar sem forças para continuar a nadar. Todos os outros sete passageiros e o piloto sobreviveram com vários ferimentos, incluindo uma pessoa que nadou até a costa.
O proprietário da companhia aérea Makani Kai Air, Richard Schuman, disse a uma emissora de TV havaiana que o acidente foi causado por uma falha no motor e que o piloto tentou fazer uma aterragem com segurança e, depois, manter os passageiros juntos.
As causas que provocaram o despiste estão a ser investigadas pelo Comité Nacional de Segurança dos Estados Unidos.