Alexander Contreras vive em Atiquizaya, El Salvador, e até há bem pouco tempo subia a uma árvore para obter o sinal necessário para poder continuar com as aulas online da universidade. O presidente do país solidarizou-se com o caso e resolveu-lhe o problema.
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Quando há seis anos Alexander Contreras plantou uma goiabeira ao lado de casa com o pai, estava longe de imaginar o quão útil seria aquela árvore agora que a pandemia de Covid-19 suspendeu as aulas presenciais nas escolas um pouco por todo o mundo.
Com as instituições de ensino em Atiquizaya a optar pelo ensino à distância como forma de evitar a propagação da Covid-19, o jovem salvadorenho viu-se obrigado a recorrer a uma árvore de fruto tropical do quintal para obter o sinal necessário, que não chegava à sua casa, para continuar a assistir às aulas online da universidade.
Foi assim de segunda a quinta-feira, acompanhado por um guarda-chuva azul claro, um telemóvel e uns auriculares, por entre dois galhos e durante cerca de quatro horas por dia.
"Eu disse: 'Preciso encontrar uma solução' e, graças a Deus, encontrei. Vi a árvore e pensei: 'Se eu subir ao topo, o sinal provavelmente chegar-me-á", disse o estudante de comunicação à Reuters.
Apesar de o sinal não ter melhorado muito, o jovem reconheceu que esta foi a única alternativa que encontrou para não perder o ano letivo. Contreras vive, atualmente, com os pais e outros cinco parentes na humilde habitação a 84 quilómetros a oeste de San Salvador, capital do país.
Após o caso se tornar público, uma onda de solidariedade multiplicou-se e, ao tomar conhecimento da história, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, ordenou a Secretaria da Inovação a instalar um dispositivo com bom sinal e de forma gratuita.
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