O governo suíço decidiu, esta quarta-feira, manter durante mais um ano as restrições à entrada de imigrantes da Europa central e oriental, alargando-as a partir de maio a todos os cidadãos de países da União Europeia.
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O Conselho Federal decidiu ativar uma cláusula de salvaguarda prevista no acordo sobre livre circulação de pessoas assinado com a União Europeia (UE) em 2002.
Esta cláusula é uma opção de controlo que permite à Suíça estabilizar de forma unilateral as quotas máximas de títulos de residência, de curta e longa duração, decisão que vai afetar os cidadãos portugueses que pretendem emigrar para a Suíça.
Entre janeiro e agosto de 2012 emigraram para a Suíça mais de 12300 portugueses. A comunidade portuguesa na Suíça está estimada em 240 mil pessoas.
A ministra da Justiça e Polícia suíça, Simonetta Sommaruga, anunciou, esta quarta-feira, em conferência de imprensa, que são visados desde já os trabalhadores da Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia, Eslovénia e República Checa.
A partir de 1 de maio, serão abrangidos os trabalhadores de todos os países da UE.
Esta medida era reclamada pelos partidos de direita mas contestada pela esquerda e pelas entidades patronais.
O assunto da imigração ganhou visibilidade na Suíça sobretudo devido ao expressivo aumento no número de autorizações de residência para efeitos de trabalho emitidos desde 2009 para cidadãos oriundos do sul da Europa.