O Supremo Tribunal Federal recusou anular o processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, em resposta a um derradeiro esforço do Governo para travar o processo.
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O juiz Teori Zavascki foi sorteado como relator do recurso que o governo apresentou na terça-feira e, segundo a sua assessoria, citada pela imprensa, passou a noite a analisar o pedido.
A decisão surge no dia em que os senadores votam o relatório com o pedido de destituição de Dilma Rousseff, decidindo assim se a presidente é temporariamente afastada do cargo para ir a julgamento e substituída pelo vice-presidente, Michel Temer.
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, tinha pedido a anulação de todos os atos praticados pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, desde a receção pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia contra ele, em março deste ano.
Eduardo Cunha foi afastado dos cargos de deputado federal e de presidente da Câmara dos Deputados em decisão unânime de todos os juízes do STF, na semana passada.
Os juízes consideraram que Eduardo Cunha deveria ser afastado porque usava os cargos para impedir investigações contra ele na Câmara dos Deputados e na operação Lava Jato.
A defesa da presidente também mencionou novamente que o deputado cometeu um desvio de finalidade ao aceitar o pedido de destituição de Dilma Rousseff, em dezembro de 2015, por vingança.