Laszlo Csatary, 97 anos, húngaro suspeito de crimes de guerra durante a ocupação nazi na Hungria, e que foi detido hoje, afirma estar inocente e que apenas "cumpriu ordens", revelaram os procuradores na capital do país.
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"Ele nega qualquer culpa dos crimes de que é acusado" disse o procurador Tibor Ibolya acrescentando que Csatary argumenta que "apenas cumpriu ordens".
De acordo com o procurador, "o suspeito está em boas condições físicas e mentais. Está a cooperar e ficou surpreendido por ter sido detido mas espera ser interrogado".
Csatary é acusado pelo Centro Simon Wiesenthal, organização judaica que investiga os crimes de guerra nazis, de colaboração e organização na deportação de 15700 judeus húngaros para o complexo de extermínio de Auschwitz, na Polónia, durante a Segunda Guerra Mundial e era atualmente o "homem mais procurado" pelos caçadores de nazis.
Antigo oficial de polícia durante a ocupação alemã, fugiu para o Canadá após a guerra e trabalhou como negociante de arte sob identidade falsa antes de regressar à Hungria nos anos 1990 após ter perdido a nacionalidade canadiana.
A Justiça da Hungria começou as investigações em setembro de 2011 após o Centro Wiesenthal ter fornecido informações sobre crimes de guerra.
Csatary encontra-se em regime de prisão domiciliária desde hoje de manhã tendo-lhe sido confiscado o passaporte.