O juiz espanhol José Castro confirmou, esta terça-feira, que a declaração em tribunal da infanta Cristina, filha do rei espanhol, a 8 de fevereiro, será gravada apenas em áudio, estando proibidos os telemóveis na sala de audiências.
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Castro é o juiz instrutor do processo conhecido como 'Nóos' - que envolve também o marido de Cristina, Iñaki Urdangarin - em que a infanta Cristina é arguida por alegados delitos de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
A filha de Juan Carlos Deverá ser ouvida na sala da Audiência Provincial em Palma de Maiorca a partir das 10 horas, hora local (9 horas Portugal continental) de 8 de fevereiro, numa audição antecipada por decisão do próprio juiz.
No auto conhecido esta terça-feira, Castro "proíbe terminantemente que qualquer pessoa aceda ao interior do edifício com telemóveis, 'tablets', computador portátil ou qualquer outro dispositivo apto para a captação de imagens ou som".
O auto responde a um pedido da advogada da infanta Cristina para que fosse evitado o registo em imagem da declaração, para evitar que sejam divulgados vídeos e impedir que os presentes na audição comuniquem com o exterior durante o interrogatório.
José Castro recordou que a gravação audiovisual das audiências do caso 'Nóos' se tornou norma depois da primeira declaração de Urdangarin, em fevereiro de 2012, se ter prolongado durante mais de 25 horas porque o arguido recusou o registo audiovisual e discutiu quase cada frase da transcrição.