As autoridades italianas suspenderam esta terça-feira, definitivamente, as operações de busca na parte submersa do "Costa Concordia", que naufragou perto da ilha de Giglio, por razões de segurança.
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"Suspendemos definitivamente as buscas submarinas no interior do navio", referiu, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, um porta-voz dos bombeiros.
Segundo os serviços de Protecção Civil, que já informaram as famílias e as representações diplomáticas envolvidas, "as condições de segurança não estão reunidas para operar" na parte submersa do navio.
A decisão de suspender definitivamente os trabalhos foi tomada pelo director técnico das operações, o chefe dos bombeiros de Grosseto Ennio Aquilino, após ter reunido com outros responsáveis e ter recebido informações sobre deformações no casco do navio, onde foram abertas fendas nos últimos dias para facilitar o trabalho dos mergulhadores.
A principal preocupação dos responsáveis está relacionada com a segurança dos mergulhadores envolvidos nas operações de busca, que poderão não conseguir emergir das zonas mais profundas. Algumas das pontes do navio estão a 20 metros de profundidade.
Os bombeiros e outras forças vão continuar a explorar as zonas do navio que estão acima do nível da água e intensificar as buscas em redor do paquete.
O "Costa Concordia" naufragou a 13 de Janeiro junto à ilha de Giglio, na região italiana da Toscânia, depois de se desviar da rota e embater em rochas, encontrando-se parcialmente submerso e virado.
A bordo estavam mais de quatro mil pessoas, passageiros e elementos da tripulação, de mais de 60 países diferentes.
De acordo com o comissário do Governo encarregado das operações, Franco Gabrielli, o balanço final da catástrofe "será de 32" mortos.
Até agora foram recuperados 17 cadáveres, tendo sido identificados 16.