O tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, da Presidente brasileira, Dilma Rousseff, foi hoje levado para depor sobre os supostos desvios de dinheiro na Petrobras, numa nova fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
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João Vaccari Neto estava em São Paulo e foi alvo de um mandado de condução coerciva às autoridades, quando uma pessoa é levada para depor e depois é libertada, e de busca e apreensão em sua casa. O tesoureiro foi citado em depoimentos de ex-diretores da Petrobras como o operador da propina cobrada pelo PT.
Esta nona etapa da Operação Lava Jato emitiu 62 mandados: três de prisões temporárias, um de prisão preventiva, 18 de conduções coercivas e 40 de busca e apreensão, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Baía e Santa Catarina.
O objetivo desta nova fase da operação é agir principalmente nas empresas que intermediavam o pagamento de valores entre empreiteiras e políticos, e verificar suspeitas obtidas através de provas e de depoimentos de acusados que fizeram acordo com a Justiça, em troca de uma possível redução de pena.
A operação, que começou em março do ano passado, investiga suspeitas de corrupção, desvio de dinheiro e branqueamento de capitais envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos.
Na quarta-feira, a Petrobras anunciou a renúncia da presidente Graça Foster, pressionada pelo escândalo das suspeitas de corrupção e o seu efeito negativo nos resultados financeiros da empresa.
Outros cinco diretores também renunciaram: Almir Guilherme Barbassa, Financeiro e de Relacionamento com Investidores; José Miranda Formigli, de Exploração e Produção; José Carlos Cosenza, de Abastecimento; José Alcides Santoro, de Gás e Energia; e José Antônio de Figueiredo, de Engenharia, Tecnologia e Materiais. Eles deixarão os seus cargos a partir de sexta-feira.