Tramado pelo ADN, homicida de professora é condenado a prisão perpétua na Irlanda
Um homem de 33 anos, responsável pela morte de uma professora irlandesa de 23 anos, foi, na semana passada, condenado a prisão perpétua.
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Um tribunal de Dublin deu como provado que Jozef Puska, de 33 anos, matou Ashling Murphy com 11 facadas no pescoço, no dia 12 de janeiro de 2022, enquanto a jovem de 23 anos corria nas margens do Grande Canal, na cidade irlandesa de Tullamore, no condado de Offaly, avança a BBC.
A morte da professora chocou a opinião pública e multiplicaram-se as vigílias em memória da vítima, tanto na Irlanda como no Reino Unido.
No momento da leitura da sentença, na semana passada, Jozef Puska, de nacionalidade eslovaca, não demonstrou qualquer reação nem fez qualquer comentário.
O condenado, que não tinha antecedentes criminais nem no Reino Unido nem na Eslováquia, argumentou que estava a tentar ajudar a vítima depois de esta ter sido atacada por outro homem e que tinha, inclusive, sido esfaqueado também pelo suposto agressor. No dia seguinte à morte da professora e também intérprete de folk, o homem de 33 anos deu, de facto, entrada num hospital da capital irlandesa, com marcas de esfaqueamento.
Mas, quando a Polícia o confrontou, depois de ter encontrado ADN de Jozef debaixo das unhas da vítima, o homem - visto a agredir a vítima por uma testemunha - confessou ser o autor do crime, alegando que não queria matar a jovem e que o desfecho aconteceu na sequência de um ataque de pânico.
Vítima o namorado planeavam casamento
Durante o julgamento, o namorado de Ashling Murphy, Ryan Casey, contou que o casal planeava casar, construir uma casa e fazer uma viagem ao Dubai. "Cada plano que tinha para a vida foi-se e não pode ser recuperado", lamentou, partilhando ainda que, da última vez que viu a namorada, não se aproximou por estar infetado com covid-19.