Um juiz dos Estados Unidos ordenou o pagamento de uma indemnização de 318 milhões de dólares a três americanos, que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) mantiveram reféns durante cinco anos.
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"Um juiz de Tampa (Florida) ordenou que lhes fosse paga uma indemnização de 318 milhões de dólares [241,6 milhões de euros] pelas sequelas físicas e mentais que o cativeiro lhes causou", informou na noite de quarta-feira a cadeia de televisão Univision, citando uma investigação do jornalista Gerardo Reyes.
Aquele canal de televisão não precisou quando foi tomada a decisão judicial, que beneficiou Thomas Howes, Keith Stansell e Marc Gonsalves, que interpuseram uma ação por danos e prejuízos contra cerca de 100 membros das FARC, a 10 de novembro de 2009.
Os fundos para pagar a indemnização estão em contas de 21 bancos dos EUA, alegadamente relacionadas com o narcotráfico e que foram congeladas pelo Departamento norte-americano do Tesouro.
Os três americanos, de acordo com a Univision, receberam sete milhões de dólares e o restante "dependerá do resultado de vários recursos que questionam a decisão do juiz, sob a alegação de que não ficou provado que aqueles fundos pertencem às FARC".
"Vários dos titulares das contas congeladas alegam ainda que não se puderam defender", acrescentou.
O magistrado argumentou que as FARC têm o controlo da "produção de cocaína da Colômbia e, portanto, uma grande percentagem do dinheiro confiscado aos narcotraficantes dos EUA está ligado à organização guerrilheira e pode ser transferido para as vítimas", adiantou a Univision.
Howes, Stansell e Gonsalves foram mantidos em cativeiro na selva colombiana durante 1.967 dias e até 02 de julho de 2008, quando o Governo da Colômbia os conseguiu resgatar, juntamente com a ex-candidata à presidência daquele país Ingrid Betancourt.
Os três norte-americanos foram sequestrados a 13 de fevereiro de 2003, quando as FARC "abriram fogo contra um avião dos EUA, que sobrevoava o sul da Colômbia numa missão de combate ao tráfico de droga".